Pois agora começo a conhecer...
Manet - "O Velho Músico" — Por que nunca tocamos canções de amor, mestre? Este pequeno bardo ingênuo... Uma pergunta tão desnecessária quanto infantil – pensou o velho, abrindo o estojo e acomodando o alaúde, já se preparando para se erguer e deixar o pequeno palco. A mente divagou novamente: Quantas vezes já me perguntou tal coisa?!... Não desejava responder; não o faria. Jovem demais para tragédias de amor e coisas melosas assim... Para dissabores excessivos, por conta de semelhantes bobagens... — O que significa “dissabores”, mestre? Olhou espantado para o menino, que dera para ler-lhe os pensamentos, nos últimos meses. Por uma ou duas vezes, sentira-se alvejado por um sorriso matreiro do menino, quando este o flagrara caçoando – em pensamentos – dos ébrios das tavernas ou dos pseudo cavaleiros ajaezados e parvos. — Pare de ler meus pensamentos! O menino sorriu, matreiro. — Leia os do taverneiro, para saber se nos pagará e quando! Leia os dos senhore
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