Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

Finais perfeitos & Monólogos.1 {Oliver Stone}.

     Todo escritor e/ou roteirista sonha com "o final perfeito", não é?... Quando a gente acha que conseguiu, dá aquela sensação de "o mundo pode acabar agora! Consegui!".      Pra gente pensar no assunto, começo ligeiros estudos de uma série de grandes finais da "Sétima Arte" (reparto com vocês, caríssimos).      No caso do final acima, não revela a trama do filme, não. Pode ver sem medo...

MSF. E para ajudar?...

Os links: http://www.msf.org.br/ https://www.msf.org.br/doador-sem-fronteiras http://www.msf.org.br/voluntario-virtual/

''Hold On'': a ''Jornada do Herói'', em cinco minutos.

''Hold On'': a ''Jornada do Herói'', em cinco minutos. [1] Se você assistir com atenção (ainda sabemos o que é isto, hoje em dia? Na chamada - autoproclamada? - "Era da informação"?...), se você parar para ver... De preferência, se você ficar sozinho e puser fones de ouvido, você chora. É bastante provável, é quase certo. Hold On [2] , o estupendo "curta-metragem" [3] em prol da organização "Médicos Sem Fronteiras" é das coisas breves mais emocionantes que se pode ver, passando por aí, em algum canal. Já vi talvez uma centena de vezes e sempre me emociona. Ainda não chorei, mas já marejei os olhos. E, como diria Orson Welles [4] , é tudo verdade. A mais pura, a mais dura, a mais crua verdade... Para quem escreve, sejam contos longos, sejam romances, roteiros (principalmente para estes, hoje em dia) etc., e segue a linha mais genérica das obras literárias, há alguns livros que são tidos com

Grandes diálogos do cinema/1: "O Sétimo Selo".

1956, 96 min.  Direção de Ingmar Bergman.  Roteiro de Ingmar Bergman.  Elenco: Gunnar Björnstrand, Bengt Ekerot, Nils Poppe, Max von Sydow, Bibi Andersson, Inga Gill. Gênero: drama.  Idioma: sueco.

“Inveja. Culpa. Ganância. E paixão.” (O Anel dos Nibelungos e Aristóteles).

“O Anel dos Nibelungos” é tragédia, na precisa acepção do termo. Não há final feliz, nem poesia de contos de fadas inocentes. As paixões humanas duelam com os fracos apelos da ética, da piedade, da resignação. Mas em vão... “Com efeito, a paixão transforma todos os homens em irracionais.” [1] “A dissolução agrada a muito mais gente do que uma conduta regrada.” [2] Que males teríamos evitado, com mais temperança, humildade, reflexão, renúncia? Como seria nossa vida, sem os impensados momentos de fúria? Por que a riqueza [3] nos é tão importante? Por que nos azafamamos tanto e por tanto tempo, para consegui-la e preservá-la?... Aristóteles afirmava mesmo o dano que os excessivamente ricos representavam a República: “Os da primeira classe, favorecidos demais pela natureza ou pela fortuna, poderosos, ricos e rodeados de amigos ou de protegidos, não querem nem sabem obedecer. Desde a infância, são tomados por essa arrogância doméstica e a tal ponto corrompidos pelo luxo que de

CARTA DE CECIL AOS AFRICANOS E ORIENTAIS QUE TENTAM ENTRAR NA EUROPA.

Eu, "Cecil", apenas um leão africano , aos humanos que tentam ingressar na Europa. Antes de mais nada, duas coisas a lhes dizer. Primeira e mais importante: milhares de vocês (talvez todos!) vão morrer sem ler minha carta. Fiquem tranquilos. Eu já morri e afirmo: se você não tem culpa no cartório, aqui é melhor do que aí... E a maioria vai morrer no mar, mesmo, sem nem tocar a terra firme. Portanto, acalmem-se e esperem: "é doce morrer no mar", disse um grande baiano (embora ele gostasse mesmo era de ficar na rede, sonhando acordado). Segunda: não, eu não sou "Rei" coisa nenhuma! E o Pelé, vocês sabem, também disse que não o era (aliás, se eu não sou, ele é que não é mesmo! Nem ele nem o Michael Jordan! Nem o Tiger Woods, que nem chega a ser leão!... O "Guga" foi rei em Paris, por três vezes, mas ele tinha juba! O Kenny G. é o rei do "sax" e tem juba também... Lembram do Kenny G., não?... Putz! Eu tô velho mesmo... Aliás, e

O PERDÃO, o Apartheid, Desmond Tutu e Hannah Arendt.

A maior experiência coletiva de perdão, na era moderna [1] A excelência do perdão está se mostrando cada dia mais, mediante incontáveis experiências individuais e/ou coletivas, práticas de educação, de ressocialização de presos e egressos, de harmonização e recuperação emocional e psíquica das vítimas de violência, da reconciliação entre comunidades de longa data beligerantes, entre países, entre povos... Como instrumento incomparável para a pacificação dos sentimentos e equilíbrio da psique, o perdão mereceu atenção de praticamente todas as grandes mentes que passaram por este mundo. De Lao Tsé a Teresa de Calcutá, de Buda a Mandela, de Jesus a Gandhi... Na seara dos filósofos, singular é a abordagem de Hannah Arendt, que afirma ser imprescindível o perdão e que ele está presente mesmo no equilíbrio entre as nações, entre Estados soberanos. Ela, judia... Teria todos os motivos para advogar causa oposta e postular, em primeiro lugar, a imprescindibilidade da punição a

Canções de amor?...

Manet - "O Velho Músico" —  Por que nunca tocamos canções de amor, mestre? Este pequeno bardo ingênuo... Uma pergunta tão desnecessária quanto infantil – pensou o velho, abrindo o estojo e acomodando o alaúde, já se preparando para se erguer e deixar o pequeno palco. A mente divagou novamente: Quantas vezes já me perguntou tal coisa?!... Não desejava responder; não o faria. Jovem demais para tragédias de amor e coisas melosas assim... Para dissabores excessivos, por conta de semelhantes bobagens... — O que significa “dissabores”, mestre? Olhou espantado para o menino, que dera para ler-lhe os pensamentos, nos últimos meses. Por uma ou duas vezes, sentira-se alvejado por um sorriso matreiro do menino, quando este o flagrara caçoando – em pensamentos – dos ébrios das tavernas ou dos pseudo cavaleiros ajaezados e parvos. — Pare de ler meus pensamentos! O menino sorriu, matreiro. — Leia os do taverneiro, para saber se nos pagará e quando! Leia os dos senhore